quinta-feira, 23 de julho de 2009
Dona Vida
Uma mão tremula e uma flor no caminho deserto
Distantes distâncias dum futuro aberto e incerto
Algumas paredes em ruínas e uma janela fechada
Os pés rasgados na procura da vital esperança
Dona Vida era assim nos tempos de infância
Tempos de tempos áureos e horas sem rumo
Tudo era rio de frutas maduras e sedentas bocas
Dona Vida era etérea e bonita como um beijo
Lembro da sua roupa de sábado brilhante e feliz
Sempre altiva e misteriosa sem pecado nem dor
Dona Vida era sol, lua, relva e sonhado mar
Ela me beijava sem eu ter nada para ofertar
Nosso amor cresceu sem licenças nem perdão
Cresceu como o mato da esquina do adeus
Cresceu como vôo pássaros livre para sonhar
Dona Vida me ama ainda e eu só sei esperar
Uma mão tremula e uma flor no semeado caminho
Distantes lembranças e um poema ainda por começar
Alguns jardins de desconhecidas cores vitais
E Dona Vida que não se cansa de se doar.
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Poeta Flavio Pettinichi – julho 22 - 2009. Tweetar
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