domingo, 3 de janeiro de 2010

Embaixador Universal da Paz

Fui nomeada Embaixador Universal da Paz no Círculo de Embaixadores Universais da Paz - Suíça/França, em 16 de novembro de 2009.

A paz não é somente um sonho dos poetas!

As terras por onde vivo
cercam-se por oceanos,
e, para além desse encanto,
existem pontos terrestres,
cujos dedos, quase em riste,
a um nada, tocam o céu...

Encontro, pelos caminhos,
suave perfume das flores
a seduzir bem-te-vis,
que, à liberdade – banal -
rodopiam na alegria...

Encontro, nos arredores,
o verde das cordilheiras,
que, visto de longe, é azul,
num jaez inigualável...
não se funde com o céu,
em respeito à plenitude,
esparzida ao derredor!

As terras por onde vivo
são tomadas por humanos,
criados tão lindos, perfeitos...
mas, vaidosos, arrogantes,
narcisistas, ditadores,
enveredaram, depressa,
pelos vícios da maldade...
e, no tempo, se estragaram,
pela falta de cuidado...

As terras por onde vivo,
seja aqui, seja acolá,
são de Amor e muita Fé,
mas, o Ódio humano, insano,
desequilibra a balança
e, muitos, nem mais se lembram,
do conceito de Justiça!
E essa “coisa” de Justiça,
vinda ao clamor da Igualdade,
recolhe-se, envergonhada,
como se fosse a culpada
pela inversão dos valores,
inclinados para o Mal...

Mais arriba, bem acima,
cingidas, em desalento,
Esperança e Alegria,
choram pranto inexaurível,
por receberem a alcunha
de utopia inútil e vã!

As terras por onde vivo,
mostram, por todos os lados,
carne e pele, sangue e pus,
belo e feio, sorriso e lágrima,
discórdia e sabedoria,
ignorância e saber...

As terras por onde vivo,
onde passo minha Vida,
urdem minha liberdade!
Preciso de segurança,
ocultar em cofre forte,
as jóias da minha vaidade!
Fujo ao medo dos ladrões,
ensurdeço ao estampido
de tantas balas perdidas,
jamais forjadas ao mel...

Mas, nas terras onde vivo,
tem valor em extinção,
existe, ainda, intocável,
O MEU CORAÇÃO DE POETA,
guardando – incólume – a PAZ,
a proteger as virtudes,
jogadas, todas, ao léu...
Moram, inda, nessas terras,
muitos outros corações,
poetas, a exemplo do meu...
Inabaláveis, prosseguem,
nesse caminho de sonhos,
achincalhado por tantos!

Enquanto houver, pelo mundo,
coração fidalgo e poeta,
- nem que seja só o meu -
- ou, quiçá, o teu e o meu? -
haverá resposta, alerta,
nascida de um verso rico,
ou de uma rima bem pobre,
talvez, de flor com amor,
ou de sorriso com riso...
Pouco importa o rimar,
pois cresce na acepção,
ao traduzir-se em ação.

Nas terras por onde vivo,
faz-se urgente, difundir,
comprovar, de vento a vento,
o possível renascer
da virtude original,
que propõe aos homens todos,
espalhados no Universo,
um igual senso do AMOR,
ter FÉ - certeza da PAZ!

Se o teu sonho for o meu
e o meu, também, for o teu,
nada será fantasia,
nem mais sonho de poeta!

Sílvia Mota.
Poema declamado por Sílvia Mota no primeiro Encontro dos Poetas Del Mundo em São Paulo - 21 de novembro de 2009.
Poema apresentado em jogral por alunos da UVA - 17 de novembro de 2009.

Meus Fantasmas queridos... perdidos...

Declamei este poema no Encontro de Poetas Del Mundo ocorrido na Academia Fluminense de Belas Artes, em Niterói, RJ, em 17 de novembro de 2009.
silviafantasmas2
Certos fantasmas ousam vir a mim...
Inda arrogantes, chegam do passado,
a gritar meu nome, às noites de luar...
Em correntes de peso, ruidosas,
embalam seus delírios imorais,
arrastam pelo chão, a eternidade,
que já não cabe no castelo verde
onde escolhi viver pelos meus dias.

E então, feliz, à luz do dia, lindo,
visto o avental curtinho e todo branco,
demarco a cintura em lindo laço,
preparo iguarias saborosas,
retiro da adega, nunca usada,
o vinho, safra antiga e requintada...
Espalho, assim, ao chão vitrificado,
rosas vermelhas lindas, perfumadas...

Depois, subo ao meu quarto,
desfolho minha flor ao banho quente,
enfeito-me de rendas, pelo corpo
e, de cetim, a cama que me aguarda...
Perfumo, ao espelho, meus cabelos,
deixando-os rolar por sobre os ombros
e, por ali, na solitude do entre sonhos,
entrego-me, servil, aos meus poemas.

Quando amanhece escuto o dia pleno,
aos pássaros, que trilam à janela.
Meu Poetrix se esgueira, apaixonado,
fareja o quarto inteiro, o cão de guarda,
e, ao sentir-me fiel, lambe-me os pés,
descendo, junto a mim, pelas escadas,
à busca de outro dia de emoções.
Bem lenta... nenhum medo ou desdém...

Percebo as iguarias devoradas,
as taças de cristal pela metade
e, tudo, enfim, assim.... ao meu desejo...
Aos meus fantasmas todos, um a um,
permito-lhes me olhar, sou bela e pura,
cedo à vaidade fêmea, mas não me toquem,
pois jazem noutro plano, de amargura,
distante do meu céu, que é só ventura!

Fantasmas que amei... inda estou viva!
Retornam toda noite, sei que voltam...
Penetram-me as paredes, querem ninho,
mas, ao intuírem fria indiferença,
mergulham nas paredes, vão-se embora...
Fantasmas que amei... inda estou viva!
Se, hoje, vagueiam dúbios, noite adentro,
encontro-me em paz, por teus pecados!

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Sílvia Mota - "Poeta do Amor e da Paz"
Cabo Frio, 8 de novembro de 2009 – 21:15hs.
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